a sociedade dos Poetas Mortos: o filme, o clube de escrita e os laços de amizade

Nesta segunda-feira, trago muitas novidades para meus assinantes. Desde o filme que transformou minha vida, até a surpresa que tive nos últimos dias. Embora, seja um filme muito triste, a Sociedade dos Poetas Mortos é também um filme de amor e amizade.

Por hoje, não pretendo dar spoilers sobre o enredo do filme, mas, tudo se passa no outono de 1959 em uma escola preparatória de elite para garotos, a Welton Academy, localizada nos Estados Unidos. Ela era norteada por quatro princípios básicos: tradição, honra, disciplina e excelência.

No entanto, com a chegada do novo professor de inglês e literatura, John Keating, a rotina desses estudantes muda bastante, já que ele induz um método de ensino nada tradicional, trazendo muitos questionamentos nos pais dos alunos e nos diretores da escola.

Keating, através da poesia, inspira seus alunos a terem mais autonomia, a acreditarem que podem realizar os seus sonhos e também sobre o lema em latim Carpe Diem, que significa “Aproveite o seu dia. Torne o seu dia Extraordinário”.

Diversas coisas, acontecem no filme dali em diante, por exemplo, o professor apresenta aos alunos a sociedade fundada por ele quando ainda era estudante da Welton: a sociedade dos poetas mortos. Eles, inspirados pelo professor, também resolvem criar sua própria sociedade.

No entanto, ainda que seja uma história inspiradora, também é muito triste, já que os alunos são reprimidos a todo momento e impedidos de ser quem nasceram para ser. E, aliás, vale dizer também que, o filme, quando assisti aos 07 anos, me fez despertar para a escritora que eu era. Desde então, se tornou o meu favorito.

Nele, também se destacam os fortes laços de amizade, não somente do professor com os alunos, mas, também, dos alunos entre si. E como esses laços serão significativos até o fim do filme, inclusive, com uma traição entre os amigos. Até que ponto, você iria por um amigo?

Existem diversas passagens inspiradores no filme, mas, ele transcende poesia, arte, amor e amizade e foi isso que me chamou atenção. Mais do que, aproveitar o dia, ele ensina a aproveitarmos a vida, a valorizar a vida que nos foi dada e a romantizar todos os seus aspectos, até mesmo a morte.

Na verdade, poderia passar horas falando sobre esse filme que marcou minha vida, mas, vamos falar sobre oportunidade e destino. Não acredito em coincidências e, por essa razão, elas não são bem-vindas por aqui. Nos últimos dias, fiz uma postagem aqui no Substack sobre o quanto gostaria de um Clube de Escrita, já que só conheço Clubes de Leitura. Então, dezenas de pessoas me procuraram para eu criar o clube.

Neste momento, vi nascer a oportunidade que eu me inspirei aos 07 anos e criei o Clube de Escrita, no dia 18 de junho de 2025, ainda sem nome. Depois de entendermos a profundidade que o Clube teria e sobre a importância de ter poucas pessoas (sim, foi doloroso não poder aceitar mais ninguém), colocamos em votação o nome para o clube.

E por incrível que pareça, ou não, o Clube passou a se chamar Sociedade dos Poetas Vivos. Não conseguiria expressar em palavras, quão emocionada fiquei com tudo isso e como estou me sentindo até então, isso é a representação de que a poesia faz milagres. E, espero através dela, honrar este clube até quando eu puder e, claro, conto com a ajuda dos meus novos amigos da Literatura.

Essa Sociedade dos Poetas Vivos também representa amizade. Desde que o mundo é mundo, as pessoas se unem por alguma razão, e, no nosso caso, o amor a escrita nos uniu e, talvez, laços fortes de amizade brotem, mas, tenho aprendido que a amizade ela já existe antes mesmo de ser. Ela se faz presente, antes mesmo de ser sentida. Ela é talvez o sentimento mais puro que existe, pois ela é também amor. Ela simplesmente é. E que seja assim com todos vocês. E que possamos aproveitar o dia, a vida, a amizade, a poesia e a nossa Sociedade dos Poetas Vivos.

Com carinho,

Joyce Silveira